Pôr do sol

A claridade pálida da lua

Hipnotiza as emoções

Só quando a noite se insinua

Depois que o sol se põe

 

Então a matéria dura

Se deforma em vultos

E os infantis adultos

Tem medo de sepultura

 

Gradualmente se impõe a penumbra

Para os ansiosos, tanta pergunta

Outros veneram a arte inédita

 

Os últimos riscos da luz pretérita

Cantam o mantra geométrico das cores

Enquanto evocam os poéticos amores

Todo dia milagre

Quando a lua se esconde 

E desponta o sol gigante

Os pássaros renascem

As plantas se espreguiçam

As pessoas acordam… 

(Algumas ou pouco depois)

Luz e calor de fogo se entremeia

A natureza toda se incendeia 

Gratidão duendes, fadas, sereias

Por permitirem mais um dia o milagre da vida