Eu vejo o sangue
Não derramado
mas bem canalizado
saltando adiante
na badalada do peito
jorra até as pontas dos pés
a cada impulso perfeito
hidrata e dá o colorido
é um vermelho bonito
Quando se derrame
não seja em vão
apenas a purificação
do útero que acalenta
E assim a alma esquenta
gera a nova era
que não espera
nem teme
contente de ser
o mesmo sangue
pra toda gente
pro grande e pro pequeno
do maior mamute
ao menor rebento
Sangue, segue onde te mande
O grande vigor
que leva a vida adiante