Poema doido

Posso ver e sentir tudo se abrir 

E eu vejo o espaço sideral

O dente e seu canal

A raiz do porvir

A árvore monumental

 

Posso sentir atrás da parede

A dormir toda a gente

Por aí

Eu saio a expandir

Sinto a dor e o êxtase

No muro eu acesso

 a verdade

o abscesso

o que infiltra e o que emerge

e o que submerge

Tal um iceberg imenso

quando vou, afundo

no contrassenso do mundo 

E eis o que move

no fundo

de perto

O resto é sonho, ilusão

só protesto vão

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