A morte beija o rosto

Quando a morte me beijou o rosto

Eu finalmente beijei a vida

Tal qual Judas com remorso

pois viveu de forma traída

 

Estudei pra me gabar

Trabalhei para ganhar

Casei sem nem amar

Pari sem querer cuidar

 

Vida rica de esnobar

vantagens esmolar

e vem a morte imolar

 

Isso – absurdo! – me dá paz

Mata o desamor sagaz

Depois de tanto me enganar

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