A dificuldade
se bem decantada
por si só destila
com facilidade
a mais bela rima
leve e suavizada
Ai, aí está o teu amor
é grande teu fantasma
ele deslumbra em horror
e sufoca como asma
Você respira fundo
cresce mais que o mundo
Manipula tudo
Pra ninguém te desprezar
Ai, aí está tua dor
sobrevive em torpor
medo de não aguentar
olhando duramente
pro alto e pra frente
não vê o que sente
No lugar indecente
que não te pertence
no passado se perdeu
repetindo o velho clichê
Ai, entendo, é assim…
Esse apego prendeu você
que sem querer disse sim
Me despeço
quebro algo em pedaços
e o que sobra
sem o peso de antes
parece frágil
mas também é leve
Despedida olhando pra trás
é trapaça
Apenas choro e vou adiante
sem me apegar
deixo passar
somente
Cada momento é docemente doído
como a borboleta que sai do casulo
e suas asas ainda não batem
É preciso esperar
Quero escrever recomeçar
mas não sei quando rimar
Como um vulcão no peito
a pressão me oprime
tanta dor e tragédia revive
na minha carne impressa
pela dor, temor e pressa
para sair de tudo e deixar
o que é pesado demais
para suportar
Um passado grudento apegado
Fica pra trás, tu já tá passado!
Fico até meio irritado
E quando, exausto e brabo
resolvo com força esquecer
Daí que o d3/0%!º&* gruda pra valer
Desisto
de me livrar de você
Mas não vou morrer
sem te olhar
sem te dominar
fera dos meus pesadelos
força que suga minha seiva
e ao tocar com a ponta dos dedos
no ódio e no medo
me embarga
uma dor e uma lágrima
Nessa água emocionada
vejo teu grande desejo de ser
melhor do que foi
e deixar descansar o que dói
A morte lenta da tua dor
que meu olhar contempla
com fervor
é inexorável
e desejável.
Deixo tua dor dormir
E levo tua vida ao porvir
Ao pouco que resta
dou as mãos pela fresta
Até deixar tudo sumir
Tudo silencia
Só a minha resistência
ainda me prende aqui
Agora se evidencia
na minha própria experiência
que tudo precisa partir
Não adianta resistir
E agora o que fazer?
Respiro fundo
e olho no mundo
o simples sol nascer.
Na guerra encontro o horror
e na noite o pavor
e raiva e a dor
Não estou só
em cada olhar
de medo ou ódio
o primitivo do humano
insano
E eu sem pensar
nem julgar
Intuo por onde passar
para onde ir
Sem lutar
e sem fugir
Num instante passa a vida inteira
medo delirante, estou na fronteira
sigo em frente proativo
Estouro, grito, fogueira
e o coração ofegante
no peito oprimido
ainda se expande
e sussurra: estou vivo!!
1º Ame toda a sua família.
Não importa se moram juntos ou distantes, se são amigos inseparáveis ou se, por algum evento do destino, romperam relações. Realmente não importa. Dentro do seu coração, guarde um lugar especial para cada um, com amor e respeito.
2º Abrace seu passado.
Respeite as dores secretas de cada um, mesmo daqueles que te fizeram mal. Se alguém errou com você, te magoou, feriu, compreenda que essa pessoa – ainda que talvez pareça – acredite, essa pessoa não é um monstro. É simplesmente uma pessoa, como você. Com sua própria história, com dores próprias, e um simples ser humano como eu e você não temos a capacidade de entender e muito menos julgar. Ninguém se torna mal porque quer, mas foi levado a isso de alguma maneira e não pôde evitar.
Se precisar se arrepender de algo, se arrependa. Chore. Mas chore o suficiente para recobrar as forças e, então, decidir fazer melhor daqui em diante. Se puder corrigir algo, reparar algum erro, repare. Se for irreparável, simplesmente olhe com amor para as pessoas a quem você prejudicou, olhe para o mal que você fez e para você mesmo, e talvez surja uma ideia para compensar, fazendo algo de bom. Ao menos, decida fazer melhor daqui em diante.
3º Reserve um tempo para apreciar a natureza.
Contemplar, observar, não importa o que: uma árvore no meio de uma avenida movimentada, o canto de um passarinho impertinente de madrugada, ou a formiga que insiste em morar com você. Contemple a grandeza da força da vida, sobrevivendo, a todo custo, com todas as forças. Se tiver oportunidade de ir a um jardim ou pisar na grama, isso é o céu.
4º Respeite o seu corpo.
Respeite o ritmo do seu corpo. Horas de sono, alimentação equilibrada… encontre um tempo para fazer exercícios físicos. O que você puder, quiser, e principalmente, gostar. Mas, a menos que você seja um atleta de alto rendimento, não decida se tornar o melhor da vizinhança em poucos meses. O seu corpo não é um desajustado que você precisa doutrinar violentamente. Seu corpo é um universo. Um incrível e complexo sistema em delicado equilíbrio. Aprenda a ouvi-lo, percebê-lo, para suprir as necessidades dele. O maior prazer não está em eventualmente comer, beber ou fazer tudo o que você deseja. O maior prazer sensorial está em dar ao corpo o que ele precisa, com carinho, respeito e limites adequados. Razoabilidade, bom-senso e auto-percepção. Isso vale para toda fisiologia. O corpo nos retribui com imenso bem-estar.
5º Nutra o humor.
Aproveite qualquer oportunidade de sorrir e se divertir. Às vezes, brinque como criança. A diversão e a alegria são poções mágicas de leveza e plenitude.
6º Dê liberdade à sua mente
De vez em quando, ouça algumas opiniões diferentes das suas, mesmo que seja para descartá-las depois de alguns segundos. É importante saber ouvir, de verdade, silenciar e simplesmente entender o que o outro quer dizer. Permita-se apreender ideias novas.
Por fim, lembre que tudo isso são dicas para se sentir em paz, equilibrado, alegre e pleno. Não é um caminho para mudar o mundo. A realidade continuará com seus desafios, dificuldades, dores, perdas e tragédias. Tudo isso continua. O que você pode fazer é lidar com a realidade de uma maneira cada vez mais harmoniosa.
Um grande perdão
não é um gigante
e sim, muito antes
Um só coração
Um grande perdão
não é um acusador
que diz: você errou
e sim: tudo bem, já passou
Isso é compaixão
Com a mão no peito olha pro chão
e depois desapega e alça voo
Perdão não tem talvez
não tenta nem se esforça
é um sim incondicional
Pois é maior que o bem e o mal
É onde o amor tem solidez