A violência a atacou

A violência a pegou de assalto, traiçoeira pelas costas, sem chance de defesa, de reação, a tirou do chão. Dor, tristeza, ela só queria cuidar e curar. Não deu tempo para nada, impossível entender o porquê. Impossível evitar. Se ela pudesse prever, não estaria lá. Agora só queria um colo quentinho, queria chorar mansinho. Está se acalmando, é só deixar passar. Alguém ainda gritou: Isso não pode ficar assim! Justiça! Vingança! E ela falou: conheço quem me atacou, era eu há trinta anos atrás.

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