Arrastando o peso
atado aos pés
Não posso fugir
nem parar
tenho que seguir
Me sinto preso
Ao revés
queria sorrir
amar, cantar
Mas para onde ir?
Uma forca, fim da linha?
Ou um tiro na espinha
vai atravessar?
Vou sentar
e eletrocutar?
Se pudesse pagar
de outro modo que não com a vida
Ainda assim seria pagar
uma dívida infinita
Como se mede o subjetivo?
Quando termina minha dívida??
O que está acontecendo?
Todos estão se reunindo
Estou vendo
e ouvindo
Eles começam a me olhar
Decidimos aceitar
que dor não tem pagamento
importa é evitar
propagar mais sofrimento
Só caminha a contento
quem para de se voltar