O ambiente árido eu conheço
Espinhento, resistente
Cresço, lento mas cresço
Rebroto a cada quebrada
Nem preciso deixar semente
Quem toca minhas mãos ásperas
se arrepende
Ninguém entende
Sinto muita lástima
Mas não posso fazer diferente.
Meu espinho fura
Minha seiva cicatriza
Minha folha é dura
Minha flor suaviza
Sou o paradoxo da vida